
Da série de postagens sobre Como planejar uma LONGA viagem gastando menos, dividindo e detalhando, contarei como encarei cada passo e fase com memórias do meu diário e dicas importantes ao planejar o meu período Sabático pela Ásia por 7 meses
WISH LIST – LUGARES A VISITAR

Vários lugares (países) na mesma viagem.
Determine seu foco, suas prioridades e contraponha com suas possibilidades. Ficar meses na estrada, fora de casa, se você não tem dinheiro sobrando como eu, exige bastante planejamento e adequação do estilo da viagem à realidade do seu bolso.
Para iniciar um plano de viagem com vários destinos é fundamental que se faça primeiro uma wish list (lista de desejos) de lugares a visitar. Escreva a sua listinha de desejos. O site que mais visito ultimamente é o Google Maps, já iniciei minha viagem por ali, e todos os dias percorro os lugares e possibilidades na telinha do meu computador. Nessa wish list você coloca o destino que deseja, mas também os melhores períodos para visitar, as datas que você tem disponível e pode acrescentar uma estimativa de orçamento de custo de vida do local. Continue a ler que vou te explicar como iniciar a sua.
Quando decidi fazer um período Sabático a minha lista foi bem extensa. Eu queria tudo ao mesmo tempo, queria realizar meu sonho. Inicialmente com 23 países entre Ásia, Europa e África. Cada lugar com vários interesses diferentes. O que fiz para pesquisar foi abrir uma pasta DESTINOS INCRÍVEIS no Pinterest para salvar as várias dicas e passeios que poderia aproveitar.
E tabelas, muitas tabelas no excel. Para reunir as informações de cada país eu anotava tudo em tabelas para poder comparar e determinar o tempo e os valores para cada lugar. Se você quiser uma tabelinha modelo, pode copiar a minha e preencher com a sua wish list. O fato é que os custos gerais nos países da Ásia são bem mais baratos quando comparados a Europa e Américas, mas ainda assim, para ficar ainda mais barato, abri mão de alguns países (que não faço tanta questão de conhecer agora), alguns que exigem taxas para visto, e também diminuí a quantidade de dias nos lugares onde o custo de vida é mais caro e foquei na Ásia.
Existem dois sites que faço sempre a pesquisa inicial para entender os custos dos lugares que quero visitar. O quantocustaviajar.com e o nomadlist.com – o legal é que eles dão uma visão geral de valores atualizados pelos usuários e uma boa base para comparar.
VEJA MINHA TABELINHA E ESCOLHAS DOS LOCAIS COM ORÇAMENTO PREVISTO “GENÉRICO” PARA HOTEL + ALIMENTAÇÃO (depois de cortar X alguns lugares) – fontes dos valores em dólar atualizados em setembro de 2018

Acompanhe os próximos posts desta série para ver como resolvi diminuir os custos.
MELHOR ÉPOCA PARA VIAJAR - TEMPO / PERÍODO E DATAS DE VIAGEM
A melhor época para viajar é aquela que a gente pode, não é mesmo! Normalmente por no máximo 30 dias, nas férias do trabalho e/ou escolares. Realidade da maioria, o problema é que os lugares turísticos ficam mais cheios e quase sempre mais caros nessa época. Lei da oferta e procura.
Para quem pode ter um pouco de flexibilidade com as datas é um sonho! Primeiro porque pode aproveitar promoções, que na maioria é oferecida para datas de média ou baixa temporada. Segundo que os custos na viagem são sempre menores na baixa temporada.
Pense bem, para essa viagem que você está planejando, na época do ano que você pode, pelo período, dias ou meses que você deseja... qual a sua intenção? Ir a algum evento especial? Relaxar e só curtir a natureza? Curtir os amigos ou família? Conhecer muitos lugares? Fazer um longo período Sabático? Conhecer pessoas locais e interagir com a sua cultura? Baladas e festas cheias de gente animada e divertida? Etc...
Cada lugar terá diferentes propostas nas diversas épocas possíveis para se visitar, o interessante é pesquisar e definir os seus interesses e prioridades. Fazer uma listinha de dicas, pontos, eventos especiais, lugares a visitar, etc de cada destino junto a época do ano, ou data especial que você escolheu pode ser bem interessante para determinar a combinação de lugar e data disponível que você tenha para escolher o seu destino.
PESQUISAS - Minha base de pesquisas de promoções para onde viajar e descobrir a melhor época e o que fazer por lá é: melhoresdestinos.com.br eu baixei o app no celular e diariamente recebo as notícias das promoções de voos e passeios em primeira mão.
TEMPORADA - É preciso levar em consideração sobre os locais a se visitar e a temporada. Para determinar um custo menor de viagem é sempre melhor escolher a baixa ou média temporada, mas cuidado com o clima e o problema das monções. Claro que na alta temporada o clima é melhor, mas tudo fica mais cheio de gente e mais caro.


MONÇÕES - Normalmente a alta temporada coincide com o melhor clima de cada região para se visitar, e quando falamos da Ásia é preciso entender que as monções (fortes ventos sazonais intensos em geral associados à alternância entre a estação das chuvas e a estação seca, que ocorrem na baixa temporada) atrapalham a visita dos turistas com muita chuva, vento e um clima nada legal, além de ser uma época com clima bem perigoso para passeios.
Como a Ásia é um continente extenso, as monções influenciam cada região de uma maneira e em tempos diferentes. Quero dizer que, o um mesmo país pode ter problemas climáticos de um lado da costa em um momento e do outro lado em outra data. Eu coloquei um destaque para cada região e as monções que enfrentam na minha wish list lá em cima, assim sei qual período que posso visitar e não terei problemas ao fazer meu roteiro.
INVESTIMENTO FINANCEIRO

Com certeza para gastar menos é preciso um pouco de flexibilidade e adequação, nesse post vamos falar um pouco sobre os destinos que desejamos e as diversas promoções que podemos encontrar e aproveitar.
QUANTO CUSTA UMA VIAGEM DE PERÍODO SABÁTICO?
Caro né!? Bom, aí depende do conceito de caro de cada um. O investimento financeiro para uma viagem qualquer depende, em grande parte, do tipo de turista que você é. Grosseiramente e generalizando podemos separar em 3 classes distintas, claro que existem os muito ricos, não vamos tratar dessa classe, ok!
Turista de Primeira Classe – Esses utilizam voos em cabines de primeira classe, se hospedam na casa de amigos ou em hotéis e resorts 5 estrelas, e fazem refeições em restaurantes renomados, de luxo, normalmente com várias estrelas Michelin. Costumam fazer os passeios mais caros e com um seleto grupo de pessoas.
Turista de classe econômica (utilizando itens com valores medianos) – São a grande maioria de turistas. Por longos períodos guardam dinheiro para fazer uma viagem de férias. Desejam um pouco de conforto e privacidade, mas sem gastar muito. Pesquisam e usam pacotes promocionais, mas quase sempre viajam em companhias aéreas tradicionais, fazem refeições intercaladas entre comida de rua e restaurantes turísticos. Normalmente procuram por empresas e consultores de viagem e preferem passeios em grupo com guias de turismo.
Turista low cost – São os famosos mochileiros! Normalmente pegam voos de empresas aéreas low cost ou transporte alternativo, utilizam de várias promoções para encontrar pacotes ou passeios, se hospedam em hostels, trocam trabalho por hospedagem e alimentação ou utilizam um sistema de couchsurfing (um serviço de hospitalidade com base na Internet). Costumam viajar por períodos mais longos (com mais de 1 mês) e normalmente fazem a sua própria comida nos lugares onde se hospedam.
Então para ter ideia do investimento financeiro que você terá pense nos seguintes itens e suas variações:

Deslocamentos: Como você vai chegar ao seu destino? Voo, trem, barco, ônibus, carro, carona? E em que classe você pode comprar a passagem? Lembre-se que existem muitas promoções, aproveite quando encontrar uma! Além do que, dependendo de onde e quando você adquire a passagem interfere em mais de 200% no valor que você paga por ela. Por isso é o primeiro item a investir ao planejar sua viagem. E inclua na lista os transfers de chegada e saída além dos deslocamentos dentro do seu destino.
Hospedagem: Muitas opções dentro do destino que você escolhe. Desde hotéis 5 estrelas, passando por pousadas e hostels até trocar seu trabalho dentro de um hostel ou serviço comunitário por hospedagem e alimentação, gastando nadinha por esse item. É importante escolher hospedagem de acordo com os seus interesses de locais a visitar. As vezes um lugar fora do centro, mas com transporte público na porta pode diminuir bastante o orçamento total.
Seguro viagem: investimento indispensável para ter os imprevistos indesejados na viagem sob um certo controle financeiro. Os seguros podem variar bastante de valor, de acordo com sua idade, o tempo de viagem, o país de destino e as diversas coberturas como despesas médicas e hospitalares, odontológicas, regresso sanitário, problemas com esportes de aventura e assistências não só médicas, mas também com voos e bagagens.
Alimentação: É possível ter uma ideia da média de valores, nas grandes cidades, de café da manhã, almoço e jantar. Tem vários sites atualizados que dão de bandeja valores para refeições em restaurantes. Mas é preciso reservar uma graninha para os lanches também. E sempre é possível pensar em fazer umas compras em mercados para cozinhar a própria comida ou ter um lanchinho na bolsa. Então este item pode variar muito dependendo do tipo e lugar de refeição que você está disposto a fazer.
Gastos pessoais: É bom ter um mínimo de verba extra para comprar remédios ou itens necessários e imprevistos. Para presentinhos e souvenirs os valores dependem exclusivamente de cada um, então este item com certeza é bem difícil de definir valor.
Documentos: Para viagens ao exterior precisamos do nosso passaporte em dia, item que despende algum dinheiro para pagar as taxas, assim como a habilitação internacional. E dependendo do país a se visitar as taxas de visto podem variar bastante.
Impostos: Quase ninguém coloca esse item na ponta do lápis. Ao comprar moeda estrangeira você pagará impostos e taxas variados. E não esqueça que toda transação no cartão de crédito será acrescida do valor das taxas de IOF de compra internacional. Além de ter que pagar uma taxa a cada saque que fizer no Visa Travel Money. Ah, a variação cambial também pode ser uma loucura para calcular o custo preciso para cada item listado.
Passeios: Com ou sem pacotes ou guias, para visitar lugares turísticos, museus, parques, passeios de barco ou de balão, eventos, etc. Ao preparar o seu roteiro em cada destino, faça uma pesquisa para saber as diversas possibilidades e a variação de valores.
Aqui não tenho como especificar quanto custa uma viagem que pode ter tantas peculiaridades, mas te incentivo a fazer uma lista com esses 8 itens que listei e pesquisar dentro das suas características de turista.
Pessoalmente, no meu período sabático eu resolvi gastar o mínimo possível numa viagem low cost (de baixo custo), por volta de USD 500 por mês, mas para isso eu usarei milhas para passagens aéreas ou passagens em companhias low cost, vou trabalhar em troca de hospedagem, ficarei hospedada em hostels fora do centro da cidade e vou cozinhar minha própria comida sempre que possível. Também não serei uma turista que compra presentes ou souvenir, minha meta é viajar muito e investir meu dinheiro para conhecer o máximo da cultura local.
Prometo atualizar esse post com os gastos que terei por cada país que eu passar pela ÁSIA.

Diário do meu período SABÁTICO
Meados de setembro de 2018
UM PERÍODO SABÁTICO PARA INICIAR O TRABALHO COMO NÔMADE DIGITAL
Aproveitarei para desabafar em cada post com conteúdo interessante para os viajantes. Escreverei um pouco do processo e dos pensamentos incluindo meus sentimentos com relação a cada fase desse meu período.
Depois que a gente começa a pensar sobre uma viagem dessas e decide que vai e marca a data, todo o resto do mundo e as coisas do dia a dia parecem não ter mais graça! A rotina parece chata, os pequenos probleminhas que facilmente resolveríamos parecem leões enormes nos atacando. Tô exagerando? Claro que sim, mas é exatamente assim que a gente se sente. Sem vontade de resolver mais nada além dos detalhes da viagem, porque nada parece mais interessante do que se imaginar pelos lugares incríveis que você tanto quer conhecer.
Imaginar uma longa viagem é muito mais do que diversão, é uma decisão que muda a vida da gente! Saber que ao retornar, muito da visão que temos de vida provavelmente vai mudar. Novas culturas, novos hábitos, novas pessoas, novos lugares e uma nova imagem do mundo. Uma imagem mais ampla, que vai muito além dos limites territoriais do que conhecemos.
Quando decidi o objetivo da minha transição de carreira, além de ter escrito meu primeiro livro, REARQUITETANDO A VIDA, e depois escrevi um caderno de exercícios práticos para o desenvolvimento pessoal chamado WORKBOOK VIDA, eu passei por quase um ano estudando e praticando o marketing digital e desenvolvendo meu site, blog e produtos digitais para venda. Isolada, na casa de praia, deixei pra trás as coisas que realmente não eram fundamentais pra mim. Pratiquei o desapego, mesmo! Já que na loucura dos meus desejos eu decidi por realizar meu sonho, mas pra isso precisava me capacitar para “tentar” ganhar dinheiro viajando.
Falando em tempo, eu havia me proposto passar um ano e meio na estrada e para isso sonhei em que eu poderia registrar tudo no blog e nas mídias, e que de algumas formas poderia monetizar isso para bancar a minha viagem. Um sonho bem difícil, mas nem tão impossível quanto parece. O que percebi, depois de uns 2 meses pesquisando, que é possível sim, tem muita gente por aí fazendo isso. Sendo “Nômade Digital”, trabalhando pela internet, em qualquer lugar com wifi, buscando flexibilidade com horários de trabalho e o lazer com o turismo. Contudo é necessário bancar essa primeira empreitada global, fazer um bocado de seguidores nas mídias sociais, criar e estabelecer um nome no mercado, aí sim, fazer parcerias para monetizar o projeto. Então decidi que deveria reduzir essa viagem a seis ou sete meses no máximo. E cheguei a essa conclusão por conta dos valores que poderia investir. Além do que resolvi que embarcaria em novembro de 2018 e viajaria por 7 meses. (Como mostra a minha tabela de wish list).
MUITO FELIZ COM O WORLDPACKERS
Já tenho a passagem de ida, hospedagem por trabalho na Índia e reservas em um hostel para passar o ano novo em Nova Delhi. Com passagem resolvida para Kathmandu e reserva de hotel por lá, bem baratinho, aos poucos e ao longo do tempo resolvendo cada detalhe desse sonho se realizando. Isso é tão bom!
Venho buscando a uns 3 meses por hospedagem e alimentação em troca de trabalho pela Ásia. A Worldpackers: a comunidade #1 de work exchange e voluntariado me parece muito eficiente para esse trabalho.
A uns 3 meses de chegar à Índia, eu consegui confirmar hospedagem e alimentação em Jaipur, por mais de 50 dias, em troca vou promover festas e ajudar na administração do hostel. Passarei poucos dias perto do ano novo por Nova Delhi e pagarei por hospedagem lá. Mas não consegui ainda nenhum hostel em Kathmandu, Nepal, onde quero ficar uns 14 dias. Como encontrei hostels por uns 300 reais os 14 dias, acho que vou pagar essa parte da viagem. E essa semana estou fechando um outro hostel, fantástico, em Bangcoc na Tailândia, para eu trabalhar com fotografia e mídias sociais em troca de hospedagem por duas ou três semanas...
E assim vai, aos poucos, chegando perto da data que quero visitar algum país eu vou me aplicar para trabalhar em algum hostel que o site me oferece...
E você? Já viajou assim, por mais de um mês por aí? Me conta que lugar e qual foi o seu critério para escolher.
Beijinhos e até o próximo post dessa série de postagens sobre Como planejar uma LONGA viagem gastando menos - Posts: #1 Escolhendo o destino #2 Comprando as passagens #3 Preparando o roteiro #4 Como escolher as hospedagens #5 Como levar dinheiro #6 Documentos e vistos #7 Arrumando as malas
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